Imagina só começar o seu novo ano na maior festa do mundo? É a sensação de quem passa a virada no Rio de Janeiro, palco dos festejos mais disputados e aclamados – pelo público – como nota 10. Assim, o Réveillon do Rio se mantém com a mais bela e feliz opção para celebrar a chegada do futuro.
O que começou como um encontro religioso, que marcava a resistência dos devotos de religiões de matriz africana até a década de 80 na orla, se tornou o maior espetáculo de fogos, luzes, cores e emoções vistos no planeta. E hoje não se restringe a faixa de areia da cidade, contabilizando dez bairros para a virada de 2024!
O sincretismo foi quem propiciou a celebração que hoje mobiliza multidões. No final da década de 50, a orla carioca não era um ponto tradicional de encontro para a passagem de cada ano. De acordo com historiadores, não constam informações na realização de festas ou encontros na praia para a data.
A história muda a partir de 1960, quando o sacerdote do Omoloko, Tata Tancredo da Silva Pinto, institui a realização de encontros de grupos religiosos na Praia de Copacabana, antes. O objetivo era um só: diminuir o preconceito que as religiões de origem africana sofriam na época.
O show nos céu: a queima de fogos
Com o crescimento da festa e a popularidade que ganhou, novas tradições surgiram, sendo uma delas a mais marcante: a queima de fogos de artifício.
Assim, o 31 de dezembro em Copacabana passou a registrar um show. Primeiro, diretamente no terraço dos hóteis. Depois, em balsas espalhadas pelo mar.
Quem começou com os fogos foi o Mári, da antiga churrascaria By Marius, em 1978, que com apoio de comerciantes do Leme, viabilizou a festa. Na década de 1980, o antigo hotel Meridien (esquina Princesa Isabel) iniciou sua queima, com uma tradicional cascata que ia do topo e descia pelos andares do arranha-céu.
A partir de um grave acidente na areia, os fogos foram transferidos para balsas no meio do mar, o que evitou – e evita até hoje – intercorrências.
Guinness com Rod Stewart e shows de alma brasileira
Mas a festa não parava só aqui. Desde 1993 as areias recebem atrações nacionais e internacionais para embalar o público presente. Foi Rod Stewart o primeiro a se apresentar, registrando até no Guinness, o livro dos recordes, um público de 3,5 milhões de pessoas. Histórico!
De lá pra cá, artistas como Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Maria Rita, Elba Ramalho, Alceu Valença, Diogo Nogueira e o grupo americano Black Eyed Peas já passou pela praia mais bonita e famosa do mundo.
Revéillon Democrático
E pra ser épico, a Prefeitura do Rio estende, desde a virada de 2022 para 2023, as comemorações para os demais pontos da cidade – além dos tradicionais shows na Praia de Copacabana e a queima dos fogos de artifícios.
Para a chegada de 2024 não será diferente: ao todo, dez bairros contarão com uma programação pra lá de especial na cidade. É pra não deixar ninguém de fora!
E aí? Curtiu conhecer um pouco mais da história do Réveillon no Rio?
Já pode arrumar as malas e preparar sua virada aqui!